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No entanto, o que todas têm em comum é que pretencem ao domínio de um dos domínios de conhecimento mais importantes dos nossos dias, a química!

A Química

A Química é a Ciência que estuda a estrutura, a composição e as propriedades dos diferentes materiais que compõem o Universo, bem como as transformações de matérias e fenómenos que nelas ocorrem.

A Química é a disciplina que ministra portanto todos esses conhecimentos, permitindo-nos compreender e explicar as alterações que ocorrem tanto no nosso organismo como ao nosso redor. Todos os seres são constituídos por compostos e elementos químicos, onde o átomo é a porção mais pequena de matéria que caracteriza um elemento químico, isto é, a partícula indivisível de matéria que é a base de todos os elementos existentes no Universo, que sofrem permanentemente alterações e reacções químicas.

Nas tarefas simples do quotidiano como estrelar um ovo, torrar pão e até andar de automóvel implicam necessariamente estas transformações químicas, onde um conjunto de compostos se transformam noutros envolvendo trocas de energia nas suas mais variadas formas. Devido a este ramo da ciência, onde é realizado um estudo específico através de técnicas de investigação criteriosas, é possível sintetizar a maioria dos materiais que utilizamos hoje em dia através de mudanças radicais nos materiais que nos rodeiam. Retomando o exemplo anterior, um automóvel; é a química que possibilita obter os plásticos que compõem uma parte significativa do automóvel, e é ainda esta que cria os óleos e combustíveis necessários para que o automóvel se desloque.

A palavra Química provém do egípcio kēme (chem) que significa "terra" que, como já foi dito, é a ciência exacta que procura aplicar as faculdades intelectuais à aquisição de novas noções sobre as substâncias e materiais da natureza, ou seja, examina as suas características, propriedades combinatórias, processos de obtenção, suas aplicações e sua identificação.

Em suma, esta importante ciência estuda a maneira pela qual os elementos se ligam e reagem entre si, assim como a energia libertada ou absorvida durante estas interacções das substâncias químicas, baseando-se nas estruturas atómicas e moleculares.
 
Desde os primórdios da história o homem vem acumulando conhecimentos na área da química. Por exemplo, na Idade dos Metais que sucedeu à Idade da Pedra, o homem pré-histórico utilizou conhecimentos básicos para poder produzir instrumentos metálicos, sem o conhecimento de determinados minérios e as suas características principais, o homem não teria dado os primeiros passos para o domínio da ciência da metalurgia, e teria sido impossível realizar com sucesso a técnica da fundição do metal.

Outro exemplo, foi na civilização egípcia que se utilizaram pela primeira vez conhecimentos de destilação e fermentação, para a produção de algumas bebidas como a cerveja e também vinho.

No entanto, a química apenas atingiu o estatuto de ciência no século XVII, onde os árabes no período de formação do Império Árabe, a partir dos estudos de alquimia, fomentaram o desenvolvimento da química através da descoberta de diversas propriedades de substâncias.
No Renascimento (sec.XV e XVI) diversos cientistas, ansiosos em descobrir o funcionamento da natureza, embarcaram em profundas experiências científicas, desenvolvendo diversos conhecimentos químicos. Foi considerado que os princípios básicos da Química se recolhem pela primeira vez, na obra do cientista britânico Robert Boyle: The Sceptical Chymist (1661).

A Química Moderna, tal como a conhecemos, desenvolveu-se graças aos trabalhos elaborados pelo francês Antoine Laurent de Lavoisier e às suas descobertas. O Pai da química moderna foi o primeiro a enunciar o princípio da conservação da matéria: “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” , também contribuiu para a nomenclatura dos elementos químicos e refutou a teoria do alemão Ernst Stahl (teoria do flogistíco).

Um ponto crucial no desenvolvimento da química como ciência, foi a racionalização dos conhecimentos empíricos obtidos, procurando formular leis universais, como a Lei que enuncia o princípio de conservação da massa, em oposição às experiências alquimistas da época.
 
Outra das personalidades mais marcantes para o desenvolvimento da química foi o inglês John Dalton que propôs em 1881 um modelo para a constituição da matéria. Segundo o modelo atómico de Dalton, também conhecido como modelo da bola de bilhar, os átomos (palavra derivada do grego que designa “indivisível”) eram vistos como esferas minúsculas, indivisíveis e indestrutíveis. Este modelo foi mais tarde corroborado e substituído pelo modelo atómico de Niels Bohr em 1913.

Assim, a teoria de Dalton teve importantes repercussões pois, foi possível entender melhor e organizar de forma racional diversas substâncias conhecidas criando uma tabela de substâncias que seriam formadas por apenas um tipo de átomo, e substâncias que eram formadas por uma combinação característica de átomos. Nos tempos modernos qualquer indivíduo tem acesso a informações e noções básicas importantes para a compreensão da química, este ramo disseminou-se e passou a fazer parte da nossa cultura geral, apesar disso esta ciência encontra-se em permanente evolução.