Quimioluminescência
Para melhor compreender como ocorre esta experiência é necessário, em primeiro lugar, perceber o fenómeno da quimioluminiscência. Já sabemos que a luminescência é a emissão de luz por um corpo quando motivado por um qualquer processo (aumento da temperatura, por exemplo). No entanto, quando estamos perante um fenómeno de quimioluminescência, a emissão de luz é despoletada exclusivamente por reacções químicas e não é acompanhada da emissão de calor. Para que ocorra emissão de luz é necessário que os electrões de um átomo sejam excitados para as camadas pais periféricas e regressem posteriormente para as camadas interiores, pois esta transição é acompanhada de libertação de energia. Ou seja, a emissão de luz não faz parte do estado final da reacção mas constitui sim uma fase de transição. Neste caso, a solução de lixívia, fósforo e peróxido de hidrogénio servirão como catalisadores para a emissão de fotões, o que se traduz no efeito que observamos.
Como tal, apenas enquanto se está a dar a reacção é que haverá a emissão de luz.
As condições nas quais são realizadas as reacções têm grande influência na duração da radiação emitida: forma de mistura dos reagentes, temperatura do local, concentrações das espécies envolvidas, pH, etc.
Como fazer um tomate brilhar no escuro?
Protocolo experimental
1. Usando uma faca raspa cuidadosamente a parte superior onde se encontra o fósforo (substância) no fósforo;
2. Ao obtido junta a lixívia, mexendo até que o fósforo se dissolva completamente;
3. Deixa repousar a solução por 20 minutos;
4. Com uma seringa extrai o líquido. Este já deverá apresentar uma ligeira luminescência;
5. Faz vários furos por todo o tomate no qual será injectado líquido;
6. Enche uma outra seringa com peróxido de hidrogénio (água oxigenada) e injecta o líquido no centro do tomate;
7. Por fim, o tomate já deve apresentar um brilho forte mais distinguível no escuro.
Material necessário
Fósforos
Lixívia
Peróxido de hidrogénio
Seringa com agulha
Faca e tomate
Conclusões
A primeira filmagem que realizámos foi a da experiência “Como fazer um tomate brilhar no escuro?”. O primeiro ensaio que realizámos não foi bem sucedido, uma vez que não conseguimos atingir o fim da experiência, ou seja, fazer com que o tomate apresentasse luminescência. Toda a experiência se desenrolou de acordo com o procedimento, o que nos levou a questionar-nos sobre o que teria corrido mal.
Procurámos então a ajuda de uma professora de química que nos explicou que muitas vezes os fósforos podem não conter quantidades suficientes para garantir o sucesso da experiência de fósforo (substância) ou que muitas vezes nem sequer faz parte da sua composição. Sendo o fósforo um elemento fundamental para o sucesso desta experiência, procurámos saber onde o poderíamos encontrar. No entanto, foi-nos também dito que não é fácil de obter, pois devido à sua natureza muito reactiva não é comercializado no estado puro.